segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O último post

Certa vez resolvi começar a escrever o que me tirava o sono, o que me sufocava por dentro, que me roubava a paz interior, os meus devaneios oriundos do desconhecido. As crises de sentimentos e o caos nos pensamentos. Escrevi sobre paixões, encontros e desencontros, dúvidas, medos, enfim, muita coisa que queria externar. Vivi literalmente da crise ao caos.

Imaginei muita coisa nesse tempo, senti o que queria escrever apenas para transformar meus desejos reprimidos em textos. Fiz das palavras o meu refúgio, a vida sem sintonia dos amores que procurei, busquei e inventei. O faz de conta da vida real sem ter espaço para o absoluto sentimento.

Análises de comportamentos e questões do dia-a-dia misturavam-se entre substantivos e adjetivos, sempre enaltecendo o mais puro sentimento. Usava da realidade imaginada uma invenção de amores e desamores. As diferentes formas de construir, viver, sentir e/ou apenas esperar o amor.

Até que um dia alguém que sempre acompanhava meus textos me perguntou por que escrevo tanto sobre amor. Respondi sem pestanejar:

- Porque é mais fácil escrever do que sentir.

Foi então que percebi o quanto de imaginação tive durante esses anos em que escrevi regularmente essas crônicas. Muitas delas sem entender o porquê de tal assunto. Pareciam até que surgiam por meio de psicografia. Textos do além? Quem sabe.

A partir de tal questionamento comecei a refletir sobre o abastecimento do blog. Se ainda fazia sentido produzir textos para os que ainda se aventuram a lê-los. Pois também me enquadro dentre esses ditos leitores, por ler com alguma frequência textos que havia escrito em outrora. Sempre me surpreendo com o conteúdo e a forma que foram escritos.

Depois de tanto pensar sobre o andamento do blog, decido hoje encerrar esse ciclo de reflexões e suspiros literários. Quando comecei, mais ou menos uns cinco ou seis anos atrás, não pensava que fosse durar tanto tempo. Aquela coisa de nunca terminar ou continuar alguma coisa. Desistir por algum motivo chamado “preguiça”. Acredito que tenha durado por não ter tido pressa em escrever, totalmente livre de pressões por um abastecimento diário, semanal ou mensal. Cada texto era criado no seu tempo.

Já não vivo mais entre a crise e o caos. Já não aspiro mais ideias, palavras e sentimentos para esse espaço, mas sinto felicidade em saber que os textos causaram alguma sensação nos que acompanhavam, comentavam e até me pediam para que escrevesse algo direcionado a alguém (nunca fazia) ou algum tema.

Encerro esse ciclo para iniciar um novo. ‘Da crise ao Caos’ se eternizará no papel através de muitas páginas com textos falando sobre o mais puro dos sentimentos. Sobre o que vivi e imaginei viver durante todo esse tempo. A promessa (do livro) de tantos anos irá se cumprir.


Até logo menos. 

Um comentário:

  1. Que lindooo! Sou sua fã número 1. Te vi nascer, crescer e agora amadurecer! Que Deus te abençoe sempre meu maninho! Te amo!

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